O mês de setembro ganha uma relevância especial para a saúde mental no Brasil. Isso acontece principalmente por conta da campanha Setembro Amarelo, que busca conscientizar além de prevenir o suicídio. Como psicólogo, é fundamental ressaltar a importância de dar visibilidade a esse tema e a urgência de promover um ambiente seguro e acolhedor para aqueles que enfrentam crises emocionais.
O que é o Setembro Amarelo?
O Setembro Amarelo é a principal campanha de prevenção ao suicídio no Brasil. Criada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a iniciativa busca quebrar o tabu sobre saúde mental e conscientizar a população sobre a importância de falar e buscar ajuda.
Além disso, a cor amarela simboliza vida, esperança e acolhimento, reforçando a ideia de que sempre é possível recomeçar. Durante todo o mês, instituições, empresas e profissionais de saúde se unem para promover palestras, debates e ações de conscientização.
Por que a saúde mental é tão importante?
A saúde mental influencia diretamente na forma como pensamos, sentimos e agimos. Em um mundo marcado por pressões sociais, profissionais e emocionais, cuidar do equilíbrio psicológico é essencial para prevenir transtornos como depressão, ansiedade e estresse crônico.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 12 mil suicídios acontecem por ano no Brasil, sendo uma das principais causas de morte entre jovens. A maioria dos casos poderia ser evitada com apoio, tratamento adequado e redes de suporte.
Quem pode ser afetado pelo suicídio?
Por isso, é importante compreender que o suicídio não tem um perfil único. Ele pode atingir qualquer pessoa, em qualquer idade, gênero ou condição social. Entre os fatores de risco estão:
- Transtornos mentais (depressão, ansiedade, bipolaridade).
- Histórico de abuso ou violência.
- Isolamento social.
- Uso de álcool e drogas.
- Estresse intenso ou situações traumáticas.
Reconhecer que qualquer indivíduo pode estar em risco é um passo essencial para reduzir preconceitos e estimular o diálogo.
Sinais de alerta: como identificar quando alguém precisa de ajuda
Alguns comportamentos podem indicar sofrimento emocional profundo. É importante ficar atento a sinais como:
- Falar sobre morte, desesperança ou falta de sentido na vida.
- Isolamento de amigos e familiares.
- Alterações de humor repentinas (apatia, irritabilidade, tristeza intensa).
- Uso excessivo de álcool ou drogas.
- Descuido com a aparência ou saúde.
- Doenças físicas sem causa médica aparente.
👉 Ignorar esses sinais pode colocar a vida da pessoa em risco. A atenção e o acolhimento fazem toda a diferença.
O que fazer quando alguém fala sobre suicídio?
Quando alguém próximo compartilhar pensamentos suicidas, é fundamental agir. Algumas atitudes simples podem salvar vidas:
- Escute sem julgamentos: permita que a pessoa fale livremente sobre sua dor.
- Demonstre apoio: mostre que ela não está sozinha e que sua vida importa.
- Incentive a buscar ajuda profissional: psicólogos, psiquiatras e serviços especializados oferecem suporte adequado.
- Apoio em situações graves: em risco imediato, não deixe a pessoa sozinha e procure ajuda emergencial (CVV – 188).
O papel da sociedade na prevenção do suicídio
A prevenção ao suicídio não é apenas responsabilidade dos profissionais de saúde. Famílias, escolas, empresas e comunidades precisam assumir um papel ativo na construção de uma cultura de empatia e acolhimento.
Promover educação emocional, ambientes de trabalho saudáveis e redes de apoio social são medidas que fortalecem vínculos e reduzem os índices de suicídio.
Conclusão
O Setembro Amarelo é mais do que uma campanha de um mês: é um movimento pela vida. Falar sobre saúde mental salva vidas, fortalece laços e combate o estigma. Quanto mais natural for o diálogo, maiores as chances de ajudar quem precisa.
💛 Se você sente que precisa conversar ou deseja ajudar alguém a dar o primeiro passo, o Instituto Conectar está aqui para escutar.
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